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Ex-funcionários do Estaleiro Mauá realizam mais um protesto

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Ex-funcionários do estaleiro Mauá realizaram protesto no Centro da cidade reivindicando pagamento da rescisão (Foto: Patricia Vivas/Colaboração)

Os ex-funcionários do Estaleiro Mauá realizaram mais um protesto, na manhã desta segunda-feira (11), desta vez em frente ao Tribunal Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, no Centro de Niterói, para reivindicação do pagamento da rescisão de uma demissão em massa que aconteceu em setembro de 2018.

A manifestação aconteceu por volta das 9h, na Avenida Amaral Peixoto, e contou com cerca de 40 metalúrgicos, que usavam o uniforme do estaleiro e seguravam faixas.

O primeiro protesto aconteceu no dia 29 de janeiro em frente à estação das Barcas, na Avenida Visconde do Rio Branco, no Centro. Cerca de 20 metalúrgicos estiveram presentes e de lá foram ao prédio do Ministério Público para cobrança do pagamento acordado com o presidente do estaleiro. No entanto, o organizador do protesto, Sérgio Soares, afirmou que nada mudou desde então e que uma nova reunião acontecerá no dia 25 de fevereiro.

"A reunião serviu apenas para explicarmos ao procurador o histórico do estaleiro Mauá e a covardia que é realizada com o trabalhador há anos. Mais de três mil funcionários foram demitidos em 2015 e o processo segue na justiça até agora! Eles ainda não receberam nada dessa demissão", afirmou.

Ainda segundo Sérgio, o estaleiro pagou apenas duas parcelas das dez que constam no acordo das demissões que aconteceram em setembro. A terceira deveria ter sido paga até o quinto dia útil de janeiro, mas isso não aconteceu.

"Nós estamos lutando pelo pagamento do acordo, pois não temos interesse em entrar com uma ação na justiça", disse.

O pintor naval Jorge Luiz da Silva foi um dos demitidos em 2015 e que não recebeu até o momento. De acordo com ele, é preciso que todos unam forças, independente da data em que foi demitido, para que o problema seja resolvido.

"São demissões diferentes, mas o tratamento é o mesmo por parte da empresa. Eles fecham um acordo, não cumprem, e ficam anos esperando a resposta da justiça para pagar alguma coisa. Não é vantajoso para nenhum trabalhador entrar com uma ação, mas às vezes é a única alternativa. Estou na luta hoje para garantir que não seja a única saída para os colegas demitidos ano passado", finalizou.

Procurado, o Estaleiro Mauá ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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